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- Vespa-das-galhas-do-castanheiro
Vespa-das-galhas-do-castanheiro
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O que é?
O inseto Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu, conhecido como a vespa-das-galhas-do-castanheiro, é um inseto que ataca os vegetais do género Castanea, sendo considerado, atualmente, uma ameaça para os nossos soutos e castinçais. Este inseto é considerado uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros em todo o mundo, uma vez que, ao atacar os gomos foliares e formar galhas, vai reduzir o crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir mesmo ao declínio dos castanheiros.
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Quais os sintomas?
O principal sintoma é o aparecimento de galhas, a partir de meados de abril, nos ramos mais jovens, nos pecíolos ou na nervura central das folhas.
As galhas correspondem ao intumescimento dos tecidos e podem medir entre 5 e 20 mm de diâmetro. Têm uma coloração inicial esverdeada que vai passando depois para rosada, tornando-as mais visíveis. Após a emergência das fêmeas, as galhas secam e podem permanecer agarradas à árvore durante 2 anos, sendo também visíveis.
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Biologia
Infeção
A vespa-das-galhas-do-castanheiro apenas tem uma geração anual.
Emergência - as fêmeas (nunca foram recolhidos machos desta espécie) emergem das galhas entre final de maio e final de julho.
Postura - em junho e julho as fêmeas adultas, que têm um tempo de vida de cerca de 10 dias, depositam 3-5 ovos, por postura, no interior dos gomos foliares, podendo cada fêmea perfazer um total de 100 ovos. Alguns gomos podem conter 20-30 ovos.
Eclosão das larvas - ocorre ao fim de 30-40 dias, desenvolvendo-se lentamente durante outono e inverno. Antes de se transformarem em pupas, na primavera, as larvas alimentam-se durante 20 a 30 dias dentro das galhas que aparecem a partir de meados de abril, adquirindo diferentes tonalidades ao longo do seu desenvolvimento.
Pupação - pode ocorrer entre meio de maio e meio de julho, dando origem às fêmeas adultas. As pupas são pretas ou castanho-escuras e medem cerca de 2,5 mm de comprimento.A atividade do inseto é favorecida por temperaturas entre os 25-30 °C, diminui para temperaturas inferiores a 15 °C e não apresenta atividade abaixo dos 10 °C.
Disseminação
A circulação de plantas ou partes de plantas das espécies hospedeiras é a principal forma de introdução da praga em novos países onde ela não existe.
A dispersão deste inseto, a grandes distâncias, pode fazer-se através da introdução de ramos e rebentos infestados, contendo ovos ou larvas. A dispersão, a curtas distâncias, pode realizar-se através da circulação de material infestado (ramos ou jovens plantas), do vento ou do voo das fêmeas adultas durante o período em que estão presentes (final de maio a final de julho). A deslocação das fêmeas é favorecida por ventos ligeiros ou através do seu transporte pelas pessoas em veículos ou no vestuário.
O fruto dos castanheiros não representa uma via de dispersão uma vez que nenhuma fase da vida do inseto se desenvolve no fruto e não existe possibilidade de contágio pelas fêmeas adultas (maio a julho), visto que elas não estão presentes no período de colheita do fruto (novembro).
A circulação de material lenhoso e embalagens de madeira não constitui também uma forma de dispersão, devido à ausência de gomos e folhas para a realização das posturas.
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Medidas preventivas
As ações de prevenção (prospeção e inspeção) devem centrar-se a 2 níveis:
Povoamentos (soutos e castinçais) e árvores dispersas - prospeção; e
Fornecedores de material vegetal de reprodução (agrícolas e florestais) - inspeção.
As ações de prospeção/inspeção, que têm por base a análise do risco associado à possível presença da praga, são compostas por diversas fases.Tendo em conta o ciclo biológico do inseto, as ações de prospeção/inspeção devem realizar-se entre abril e julho, altura em que se podem observar visualmente os sintomas (galhas). Durante a restante época do ano, a praga desenvolve-se nos gomos foliares sem manifestar sintomas detetáveis por observação visual, pelo que qualquer inspeção visual se torna ineficaz.
As ações de prospeção/inspeção devem ser conduzidas pelas DRAP e ICNF, I.P., nas respetivas área de atuação, com a colaboração das organizações de produtores agrícolas e florestais e das câmaras municipais.
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Plano de ação nacional controlo: Vespa das galhas do castanheiro
Estabelece as ações para prospeção e controlo da vespa das galhas do castanheiro no território nacional, no sentido de evitar a dispersão da praga em Portugal, definindo também as entidades envolvidas na sua execução.
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Enquadramento legal
A vespa-das-galhas-do-castanheiro consta da lista A2 da OEPP, desde 2003, como organismo de quarentena.
Em junho de 2014, Portugal foi considerado Zona Protegida para o inseto Dryocosmus kuriphilus, através da Diretiva de execução 2014/78/UE, de 17 de junho e Regulamento de Execução 707/2014, de 25 de junho, os quais passaram a regulamentar a introdução e controlo da vespa-das-galhas-do-castanheiro em território nacional.
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Alerta Urgente
Pede-se a todos os agricultores que têm plantações jovens de castanheiros que observem cuidadosamente as suas plantas e caso observem sintomas devem comunicar de imediato à DRAP Norte através dos contactos:
Telefone:229 574 010/229574036 ou Email:dasa.shora@drapnorte.ptTelefone:259 300 600 ou Email:fitossanidade@drapnorte.pt
Fonte:DRAPN