Na passada sexta-feira, 29 de Julho, foram abertas as propostas apresentadas no âmbito do concurso de ideias internacional lançado pelo município, em colaboração com a Ordem dos Arquitectos da Região Norte, para a requalificação da área envolvente ao Paço de Giela e edifícios anexos, a qual corresponde aproximadamente a 17,8 ha.
Com este concurso pretendeu-se que os concorrentes encontrassem soluções que assegurassem a valorização dos edifícios existentes, respeitando o cariz específico do local e acima de tudo o Paço e a forma como é visto, bem como a efectiva comunicação da zona em questão com a área urbana da Vila. Os concorrentes também não deveriam descurar a variante à EN 101 em Arcos de Valdevez recentemente construída, devendo, por isso, propor soluções que minimizassem ao máximo o impacto visual e acústico que a mesma confere. No entanto, o Programa de Intervenção do concurso não era fechado e impositivo, por se considerar que o espaço ficaria certamente valorizado pela sensibilidade e contributo que os concorrentes poderiam acrescentar a este projecto, pela valorização dos recursos existentes, explorando temáticas como a "água" e o "garrano", assim como pela criação de condições para a realização de actividades desportivas, culturais e turísticas, estando, para tal, programaticamente apontado um Anfiteatro ao ar livre e uma Unidade Hoteleira.
No total foram apresentadas 48 propostas que ficarão expostas no Centro de Formação e Exposições da autarquia, para que a população se possa inteirar dos projectos e daquilo que se pretende fazer no local.
A Câmara Municipal deverá agora apreciar as propostas eleitas e tomar posição definitiva sobre as mesmas.
O Paço de Giela, considerado como um excelente exemplar da arquitectura civil privada, gótica e manuelina, pertencente à tipologia denominada "casa-torre, está implantado numa pequena elevação sobranceira ao Rio Vez (margem esquerda), a cerca de 1,5 km da sede do concelho de Arcos de Valdevez, dominando parte deste vale.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1910 (Decreto de 16.06.1910, publicado no Diário do Governo de 23 de Junho), e é propriedade municipal.
