No passado dia 29 de Abril Francisco Araújo, presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, esteve, na qualidade de presidente do Conselho Regional do Norte, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto para presidir a reunião do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
Da ordem de trabalhos deste conselho, composto pelos 86 presidentes de Câmara da Região do Norte e organizações sociais,Conselho Regional económicas, ambientais e científicas da região, fizeram parte a aprovação da Acta do Conselho Regional de 16 de Janeiro de 2009; o Debate Temático: A Regionalização na próxima Legislatura? que contou com os oradores convidados Valente de Oliveira (ex-ministro do Planeamento) e Carlos Zorrinho, o coordenador do Plano Tecnológico e da Estratégia de Lisboa; o Parecer/deliberação do Conselho Regional sobre a Evolução do Modelo de Governação Regional e a apresentação da Evolução da conjuntura económica e da aplicação do QREN no Norte de Portugal, feita pelo Engº Rui Monteiro (CCDRN/Observatório das Dinâmicas Regionais), com o consequente ponto de situação.
Defendendo com "unhas e dentes" o avanço do processo de regionalização no país, referindo que este é "urgente" devido ao grande atraso que a região tem vindo a sofrer relativamente ao resto da Europa, ao crescimento moderado de que tem vindo a ser alvo, à existência de valores absolutos muito modestos e ao grande centralismo que existe relativamente a Lisboa, que absorve a maior parte da população causando desertificação nas outras regiões, os membros aprovaram por unanimidade um documento, a "Deliberação da Alfândega", por ter sido votado na Alfândega do Porto, que vai contra a ideia preconcebida de que as regiões custam caro. Assim, no documento refere-se que "As regiões não implicam o empolamento das despesas do Estado, nem do número de funcionários, mas sim a redistribuição dos recursos e a transferência de serviços periféricos e, por isso, uma racionalização do próprio Estado".
Para Francisco Araújo esta é uma questão de grande importância para o desenvolvimento tanto da região Norte como de todas as outras, pois segundo o mesmo não podem existir regiões desenvolvidas e outras com atrasos estruturais; umas motoras e outras assistidas, bem como regiões despovoadas e outras congestionadas. Desta feita, para si a regionalização implica a "gestão de recursos e um maior aproveitamento dos mesmos, sendo necessário aproveitar o início da próxima legislatura para que os fundos Comunitários do QREN venham a ser utilizados no Norte do País".
Também Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, se assume a favor da regionalização e avançou que o "Norte não está condenado a ser uma região em declínio" e que para isso "muito contribuirá a regionalização".
