AVIÃO NÃO TRIPULADO FALCÃO APRESENTADO EM ARCOS DE VALDEVEZ
Decorreu no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, a apresentação do projeto de vigilância e proteção das florestas com avião não tripulado.
O aparelho é operado por elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), da Unidade de Intervenção do GNR sediada na freguesia de Tabaçô, em Arcos de Valdevez, que estão a receber instrução da empresa que o desenvolveu, no âmbito do programa VIANA (Sistema de Vigilância do Ambiente e da Natureza no Alto Minho.
O General Rui Moura da GNR explicou que "este projeto permite operar a nave num raio de ação considerável a partir de meios móveis deslocados para o teatro das operações, graças a uma tecnologia informática avançada, desempenhando missões de forma económica, tais como: deteção de incêndios, avaliação de áreas ardidas, ações de vigilância das florestas e salvamento de pessoas entre muitas outras que podem ser desempenhadas pelo drone".
Destacou que este meio pode vir a salvar vidas, dando como exemplo o facto relevante de no presente ano, no Parque Nacional Peneda-Gerês, já terem sido registados 30 casos de pessoas desaparecidas, podendo este meio ajudar de forma significativa a localização dos desaparecidos, podendo operar de dia e de noite.
Por sua vez o Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez elogiou as grandes vantagens deste meio, pois considera que "é uma mais valia para a região e significa um grande avanço tecnológico na prevenção e combate de incêndios, bem como na proteção da natureza e do ordenamento do território."
A nave tem uma envergadura de 1,80m e pesa 3,5 quilos, equipada com recetores de rádio e uma câmara de vídeo que pode ser operada de dia com imagem aérea em tempo real ou de noite com uma câmara acoplada de visão noturna.
Prevê-se que o sistema esteja a funcionar em pleno dentro de dois anos, período durante o qual será ministrada formação especializada aos militares do GIPS que operam a partir do Centro de Meios Aéreos.
O sistema prevê o funcionamento de cinco sistemas "Falcão" e dois sistemas "Águia", aparelhos com quatro metros de envergadura, que permitem levar duas câmaras acopladas.
Os dois tipos de aparelho permitem uma autonomia de oito horas, cobrindo o "Falcão" um raio de 10 quilómetros e o "Águia" um raio de 60 quilómetros.
O custo global do sistema ronda os três milhões de euros.
Para além da GNR, que naturalmente coordena operacionalmente, integram ainda o projeto a CIM Alto Minho e Câmara Municipal de Arcos de Valdevez entre outras entidades.