Após as análises efectuadas pela ARH - Administração Hidrográfica do Norte I.P., no passado dia 25 de Agosto à água do Rio do Vez, as quais revelaram níveis elevados de Escherichia coli e Enterococos intestinais, a Câmara Municipal repetiu, no mesmo dia, as análises para despistagem de um eventual foco de poluição e os valores apresentados resultaram completamente diferentes dos efectuados pela ARH, não tendo sido detectados quaisquer índices de valores elevados destas bactérias na água.
No dia 25 de Agosto os valores obtidos pela Câmara Municipal no mesmo dia ficaram muito abaixo dos valores máximos.
Entretanto, o Centro de Saúde local também efectuou análises e obteve resultados diferentes dos da ARH e bastante semelhantes aos recolhidos pela autarquia, também dentro dos valores máximos admissíveis.
Lamenta a autarquia que esta situação tenha prejudicado a imagem do Município e da própria praia fluvial da Valeta, muito procurada por arcuenses e não só. Igualmente, parece-nos dever existir preocupação mais apurada quanto à recolha de amostras para análise, pois considera-se injustificado que a recolha feita por duas entidades revele valores similares, e a realizada por uma terceira entidade apresente valores totalmente díspares e injustificados. Mais incompreensível é a não tomada de consideração das análises feitas com as recolhas realizadas no mesmo dia por outras entidades e, no uso de uma competência, poder-se tomar a decisão drástica de interditar a praia fluvial da Valeta.
Espera-se no futuro mais diligencia e fundamentação para a tomada de decisões que se revestem de gravidade para os territórios que disponibilizam equipamentos de lazer, como é uma praia fluvial.
O Município de Arcos de Valdevez manifesta a sua indignação pela ligeireza na tomada de decisões, cujo fundamento é contraditado por análises de recolhas realizadas no mesmo dia daquelas que justificaram a decisão de interdição.
