Companhia transnacional Peripécia Teatro fez rir novamente o público arcuense

Na passada sexta-feira, dia 28 de Janeiro, o Auditório da Casa das Artes concelhia voltou a receber no seu palco a companhia transnacional Peripécia Teatro, que desta vez nos trouxe a peça Remédios Santos Sem Princípios Activos, interpretada pelos actores Sérgio Agostinho, Noelia Dominguez e Ángel Fragua.

A comédia apresentada por este grupo sedeado em Portugal, na cidade de Vila Real e fundada em 2004 por dois actores espanhóis e um português, fez rir, ao longo de todo o espectáculo, dos princípios activos que levam laboratórios farmacêuticos a aniquilar os donos de outras substâncias medicinais e, ao mesmo tempo, deu a descobrir, à força do escárnio, que princípios activos actuam dentro das instituições públicas para se abdicarem de princípios como o bem comum ou a Democracia.

O público presente deleitou-se com a personagem de José Maria, que falou sobre os remédios da Mãe, sobre a sua válvula cardíaca artificial e sobre George Orwell, autor do livro que começou a ler há muitos anos, quando esteve internado no hospital; assistiu a uma visita de estudo a um congresso de Psiquiatria para ver como, entre canapés e champanhe francês, os médicos ouvem os ensinamentos dos técnicos de comunicação e vendas de algumas grandes companhias farmacêuticas, bem como à parte da História de um dos maiores laboratórios farmacêuticos do mundo e a sua relação com personagens heróicos do séc. XX, como por exemplo A. Hitler ou a própria Heroína, ela mesma, a substância!

Além destes episódios, a peça ainda nos satirizou a nós próprios.... comuns mortais incapazes de renunciar a um comprimido para curar uma leve dor de cabeça ou a um xarope específico para uma tosse inofensiva.

Com Remédios Santos Sem Princípios Activos a companhia Peripécia Teatro voltou a não desiludir o público e, mais uma vez, comprovou a sua já atestada qualidade e profissionalismo.