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Arcos de Valdevez assinalou centenário do Armistício da I Guerra Mundial

Arcos de Valdevez assinalou centenário do Armistício da I Guerra Mundial
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14 Novembro 2018


No passado dia 11 de novembro a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez levou a efeito um conjunto de atividades para assinalar o centenário do Armistício da I Guerra Mundial e relembrar, em particular, os arcuenses que participaram neste conflito.
Na primeira Guerra Mundial participaram cerca de 300 arcuenses, de quase todas as freguesias do concelho, dos quais pereceram 50. Muitos estiveram em França, mas muitos foram para África, nomeadamente para a Frente de Moçambique.
Logo pela manhã decorreu a Missa em memória dos Soldados Arcuenses tombados na 1ª Guerra Mundial, na Igreja de São Paio.
Depois, foi inaugurado o Memorial aos Soldados Arcuenses tombados na 1ª Guerra Mundial, Junto à Rotunda entre a N202 e a Avenida António Caldas (São Paio).
Esta obra, da autoria do escultor Bruno Marques, é, para o Presidente da Câmara Municipal, João Esteves, “uma homenagem a estes lutadores pela liberdade dos povos e através da qual se assinala mais um momento de participação dos Nossos na História de Portugal e na História Mundial”.
“Esta é a justa e merecida homenagem a estes arcuenses construtores da Paz, construtores de uma Europa e de um Mundo mais justo, mais solidário, mais livre, com mais desenvolvimento, construtores de um mundo onde se pretende que haja harmonia entre os povos e as nações”, referiu o autarca, justificando que a escolha do local também possui simbolismo, já que recaiu em S. Paio para estar junto ao local onde se encontra a presença militar no concelho, o Quartel da Guarda Nacional Republicana.
De referir também, que com a colocação do monumento neste local, a Câmara Municipal pretendeu contribuir para criar um maior dinamismo nesta zona da Vila. O espaço público foi requalificado; foi criado mais um espaço de memória arcuense, bem como criado mais um ponto de interesse para os arcuenses e para todos os que visitam o concelho.
Após este momento foi feita a apresentação do livro “Os Arcuenses na 1ª Grande Guerra”, da autoria dos arcuenses Jorge Pires e Manuel Rodas, e, ainda no âmbito desta iniciativa foi possível visionar gratuitamente na Casa das Artes arcuense o filme “O Soldado milhões”, que conta a história de um português nesta guerra, e que também tem passagens rodadas em Arcos de Valdevez.

Breve descrição do escultor Bruno Marque sobre o elemento escultórico inaugurado
A peça escultórica criada evoca de uma forma genérica o perfil da trincheira.
A obra pretende ser uma metáfora que evoca o conflito, a interrupção conseguida pelo Armistício e a conquista de um novo período assente num acordo de Paz. A Trincheira é símbolo de Guerra, aqui representada por um conjunto de planos evocando a sua configuração, desenhada de forma minimal evoca o vazio, sugerindo o abandono das mesmas por parte dos exércitos.
Dois outros elementos, os capacetes e a pomba são utilizados de forma narrativa de modo a possibilitar uma leitura mais imediata do objeto. Os capacetes deixados (como que abandonados) no fundo da trincheira e no terreno que a sustenta evoca os soldados tombados, mas também o fim do conflito.
Por sua vez a Pomba, que outrora servira também alguns exércitos, é contemporaneamente usada por muitas culturas como o símbolo da Paz,  e, para os cristãos como símbolo do Espírito Santo, surge neste contexto como o elemento que deseja celebrar a Paz entre os povos,  assumidamente colocada em cima  do plano em que se inscrevem os nomes dos soldados tombados como que uma referência ao povo de Deus.
A Grande Guerra ocorreu num período de forte desenvolvimento e utilização de materiais como o aço. Este material foi fortemente usado na construção do armamento.
Evocando uma ligação com esse período utiliza-se o aço para a execução da Trincheira, explorando a sua, dureza e austeridade. Relativamente aos capacetes,  e à pomba, optou-se pelo bronze, a sua referência ao nível da História de Arte, a tradição ao nível dos materiais abordados por outros autores em diversas obras espalhadas pelo município e as suas características ao nível cromático  foram os argumentos que validaram a opção.

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