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João Pedro Oliveira apresentou ''Maelström'' - uma mistura de sons acústicos com electrónica

João Pedro Oliveira apresentou ''Maelström'' - uma mistura de sons acústicos com electrónica
14 Julho 2010

Teve lugar no passado dia 3 de Julho na Casa das Artes concelhia, a apresentação nacional do CD Maelström, o mais recente trabalho do compositor João Pedro Oliveira.

Maelström, o resultado da parceria entre o Município de Arcos de Valdevez e a produtora "Engenho das Ideias", "surgiu de um conjunto de ideias que se foram formando e foi um processo que ainda demorou bastante tempo a concluir, estando nele representados 15 anos de trabalho. Reuni peças elaboradas desde 1995 até 2009 e escolhi as mais representativas", adiantou João Oliveira.

Fazendo a caracterização de Maelström, apalavra Escandinava que significa um turbilhão na água, João Oliveira esclareceu que se trata de intensidade. Nele estão reunidas obras de uma grande agitação, parecendo muitas vezes que não há sossego, daí a aplicação do nome.

O compositor tem-se dedicado nos últimos anos à interacção entre a música instrumental e a electroacústica e esta obra reflecte isso mesmo, pois apenas um dos temas desta compilação não faz uso da electrónica ("Peregrinação").

Para o autor, Sistema, Intuição, Tempo e Espiritualidade são os principais temas que relacionam o compositor com a sua obra e levam à criação de uma identidade como compositor - "Tento fazer um tipo de música que crie uma identidade e que quando seja ouvida a identifiquem como sendo minha", referiu.

Assim, tentando explicar melhor o seu trabalho, adiantou que apesar de "diferente" ele se liga muito à música clássica: "A linguagem é pessoal. É minha e identifica-me! Interessa-me escrever uma coisa que é única, no entanto, a questão da intuição tem uma grande influência da História e dos Clássicos. Houve uma certa altura em que comecei a utilizar determinados tipos de modelos clássicos, e, o tipo de estrutura que uso é muito semelhante à do Bethoven e Brahms, nomeadamente, os inícios e fins de frase; a imitação e ornamentação; a ampliação do registo natural do instrumento; a alternância instrumento/electrónica, como forma de enfatizar a cadência, assim como a complementação tímbrica".

Desta feita, para que a plateia compreendesse melhor tudo o que tentava passar, apresentou pequenos trechos de cada uma das suas peças - Láccordéon du Diable, Labirinto, Le Chant de Lóyseau Lyre, Maelström, Peregrinação e Timshel - que comparou aos temas de Bethoven.

Rui Babince, representante da produtora "Engenho das Ideias", fez questão de enaltecer a importância da associação do município arcuense a esta iniciativa, uma vez que hoje em dia trabalhar no mundo da música é muito ingrato.

De igual modo, referindo-se ao trabalho de João Pedro Oliveira e afirmando estar extremamente optimista quanto ao futuro, referiu: "Privilegiamos muito os intérpretes portugueses e é nosso objectivo promover, valorizar e impulsionar tanto o trabalho deles como o dos compositores nacionais, por isso é uma honra para nós termos no nosso catálogo um disco de João Pedro Oliveira. Um compositor talentoso e muito importante para a música de nacional".

Município de Arcos de Valdevez
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