No passado sábado, dia 18 de Julho, foi inaugurada a sétima edição da bienal de artes arcuense "D'Art Vez", projecto com mais de vinte anos que tem sido espaço de convívio e reflexão sobre as diferentes formas e expressões artísticas.
Da edição deste ano é de destacar a exposição de trabalhos realizados pelos alunos dos Jardins-de-infância de Giela, Paçô, Sabadim, Soajo, Távora Stª Maria e Vilafonche, correspondendo à totalidade dos estabelecimentos de ensino integrados na rede pública concelhia.
Acerca destes trabalhos realizados pelas crianças na Oficina da Casa das Artes arcuense - " (...) trabalhos feitos na tentativa de se estimular o desenvolvimento de um universo criativo verdadeiramente livre, fazendo com que as crianças utilizassem um material plástico de invulgares características, mantendo um alinhamento base de forma arredondada, de tipo facial (...)" (in d'art-vez 2009) - António Aguiar destacou que apenas se concretizaram devido ao empenho do município nesta iniciativa, nomeadamente, do presidente da Câmara Municipal, Francisco Araújo, aquando da aceitação em investir num forno próprio para a elaboração destas peças criativas, que tem a característica de cozer a 1000º.
A aposta na Cultura é uma das características mais evidentes do município arcuense, pois Francisco Araújo, presidente da autarquia, considera-a "um pilar de toda a infraestrutura do desenvolvimento dos indivíduos e das comunidades".
Assim, aquando da inauguração desta bienal de Arte e após ter realçado o quanto esta iniciativa é importante por reunir variadas formas de Arte e trazer até Arcos de Valdevez o cunho de artistas de vários pontos do País, deixou palavras de agradecimento a todos os que, com a exposição dos seus trabalhos, fizeram com que esta Mostra se realizasse e adiantou que um deles ficará exposto, depois, num espaço público da autarquia, sendo esta, para si, "uma forma de estímulo e de se fazer perdurar no tempo a realização desta exposição".
Ainda no âmbito da abertura desta bienal de Arte teve lugar, após a sua inauguração oficial, no Auditório da Casa das Artes arcuense, a apresentação da performance "Quarenta Noites de Insónia ou uma Faca nos Dentes II", realizada a partir da obra de António José Forte que contou com a apresentação de Júlio Henriques.
O projecto pontual "A Máquina de Costura", um espectáculo que aliou a música à poesia e ao teatro foi produzido pelo Colectivo a "Traça" e interpretado por Nuno Pinto, actor residente da Casa das Artes arcuense; a música ficou a cargo de Ricardo Vilaverde e a intervenção sonora ao de Ricardo Vilaverde, Maria Joana Laranjeira e Nuno Pinto. Surgiu no âmbito da reedição do livro "Uma Faca nos Dentes" de António José Forte e recriou e reinterpretou o universo singular do autor.
Disponível no Foyer/Auditório da Casa das Artes até 30 de Agosto, a Mostra D'Art Vez conta com organização do município arcuense e coordenação de António Aguiar, bem como com a participação de cerca de três dezenas de artistas, distribuídos por diferentes geografias nacionais e europeias.
