Portugal Jazz passou mais uma vez pela Casa das Artes de Arcos de Valdevez
O "Portugal Jazz - festival itinerante de jazz" - é um projecto que tem como objectivos vir a visitar todos os municípios portugueses e que compreende concertos, acções pedagógicas e distribuição gratuita de revistas especializadas "jazz.pt" - teve a sua estreia em 2007 e a atribuição do estatuto de "Interesse Cultural" por parte do Ministério da Cultura no final desse mesmo ano.
Arcos de Valdevez aderiu a esta iniciativa desde o início, por isso, esta foi a segunda vez consecutiva que acolheu o evento.
Integrados no Portugal Jazz'2008 estiveram a Acção Didáctica "Ora vamos lá improvisar" de Rui Eduardo Paes e Miguel Leiria Pereira - dedicada às crianças, realizada no dia JB Ensemble6 de Novembro - e o concerto dos "JB Ensemble" realizado no passado sábado, dia 8 de Novembro, no Auditório da Casa das Artes.
Na acção didáctica, que contou com cerca de 180 crianças e teve Rui Eduardo Pães na narração e Miguel Leiria Pereira no contrabaixo, além de outras questões importantes ligadas à história e à maneira de se "fazer" Jazz, o público estudantil arcuense pôde ficar a saber que não é preciso saber apontar notas numa pauta para aprender a improvisar, assim como não é necessário passar pelo Conservatório para se tocar o mais fabuloso jazz. Pode-se começar do zero e, foi essa a primeira abordagem que o "Ora Vamos Lá Improvisar" pretendeu proporcionar aos mais jovens, deixando-as participar no processo da criação musical.
No sábado, o público ficou rendido aos "JB Ensemble". Este pequeno grupo formado por sete elementos - Maria José Leal na voz, Telmo JB EnsembleCampos (saxofones), Filipe Durães (trompetes), João Roque (guitarra), Diana Almeida (piano), António Quintino (contrabaixo) e Paulo Monteiro (bateria) - é proveniente da Academia JB Jazz de Lisboa e a sua qualidade já foi reconhecida através da atribuição do prémio revelação aquando da 6ª Festa do Jazz do São Luiz (2008).
O tema "Heart Song" iniciou o concerto e durante cerca de hora e meia, a junção da voz suave de Maria José Leal com o som dos instrumentos fizeram com que o Auditório da Casa das Artes Arcuense fosse, também ele, testemunha da qualidade, já atestada, deste jovem grupo de jazz contemporâneo.