O Foyer do Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez abriu ontem as suas portas à mostra de pintura, "Passagem Metafísica", de Romano Alves, pintor arcuense residente na Freguesia de Aguiã.
Foi rodeado de amigos que Romano deu como oficialmente aberta a sua primeira grande exposição. O pintor já tinha tido a oportunidade expor alguns dos seus trabalhos em bares e cafés, mas visto contar agora com uma colecção bastante mais vasta, achou pertinente dar a oportunidade ao público de ficar a conhecer todos os seus trabalhos, de os admirar e tirar as suas próprias conclusões.
Há cerca de seis anos, na primeira vez que pintou, pintou um quadro surrealista - "Desidratação" - oDesidratação que de certa forma o surpreendeu, pois na sua opinião, e em tom de brincadeira, diz que "foi um choque porque saiu bem demais".
Assumindo-se como surrealista, admite que ainda "anda a experimentar" outras técnicas e diz que antes de uma obra "nascer", de a passar para a tela, realiza muito trabalho de estúdio e de geometria, acontecendo muitas vezes o resultado ser totalmente diferente daquele que tinha em mente. Exemplo de uma obra criada Apariçãonestas condições é "Aparição"; neste quadro, o seu preferido, o autor vê uma obra com grande significado, que comportou bastante trabalho e talvez aquela que, na sua leitura, pode dar mais azo à imaginação das pessoas.
Esta mostra, de um artista que diz gostar de pintar para relaxar e "puxar pela cabeça", não tem para si o principal objectivo de vender, mas sim fazer com que as pessoas aprovem a sua Arte.
Francisco Araújo, presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, também compareceu na abertura da exposição. Foi com agrado que deu os parabéns e as boas-vindas ao artista arcuense, Romano Alves e Dr.Francisco Araújopois a Casa das Artes é um espaço aberto a todos aqueles que queiram mostrar os seus trabalhos e Romano Alves é o exemplo de que existem no concelho pessoas com coragem e ousadia, portanto merecem ser apoiadas. Com a sua presença quis demonstrar de forma clara que o município aposta fortemente na cultura e na divulgação dos trabalhos dos artistas conterrâneos, aspecto que irá fazer sempre por preservar, já que normalmente as pessoas têm tendência a admirar o desconhecido, e certa dificuldade em reconhecer e valorizar aquilo que fazem os que nos são próximos.
A exposição estará aberta ao público até dia 5 de Outubro e poderá ser visitada nos dias úteis das 10h00 às 18h00; aos sábados das 14h00 às 18h00 e 21h30 às 23h00; e aos domingos das 21h30 às 23h00.
